NOTA DO EDITOR
Um trabalho cuidadoso foi realizado por uma equipe de profissionais para trazer ao público brasileiro uma tradução fidedigna das Cartas de Cristo, em um momento em que o mundo necessita muito (e talvez deseje suficientemente) os valores, as atitudes e os comportamentos aqui delineados. Ao folhear o livro, o leitor observará a peculiaridade da formatação do texto das Cartas, com o uso recorrente de negritos, letras itálicas e maiúsculas. Cumpre esclarecer esse ponto: respeitamos uma instrução específica recebida do agente literário, para que fosse mantida a formatação gráfica indicada, como forma de ultrapassar os limites da linguagem na transmissão da experiência e conteúdo descritos pela autora. Esses motivos são mais bem explicados no Prefácio logo adiante.
No
trabalho de tradução fizemos algumas escolhas: a utilização do pronome “você”
ao invés de “tu” (este último é comum em textos que incluem manifestações de
Cristo) e o uso da segunda pessoa do singular em grande parte das falas de
Cristo aos grupos e ao longo de sua narração aos leitores. Isso, mais a eleição
de termos preferencialmente simples, evidenciam o esforço para alcançarmos uma
linguagem contemporânea, direta e acessível a todos os públicos, em um texto
que traz por si mesmo, em certos momentos, desafios à compreensão do leitor.
Estivemos menos preocupados com a construção de uma peça literária do que com
uma exposição vívida e fiel. Finalmente, para alguns termos que consideramos
importantes e cuja tradução obrigou-nos a fazer escolhas de linguagem,
incluímos o termo original em inglês em notas de rodapé. Nesta segunda edição
efetuamos algumas correções e melhorias no texto.
A
qualquer tempo, desejando saber mais, consulte o site internacional para as
Cartas de Cristo, onde o texto integral está disponível em inglês e em várias
outras línguas: www.christsway.co.za.
PREFÁCIO
Em
primeiro lugar, gostaria de explicar o motivo pelo qual utilizei a palavra
“Canal”1 em lugar do meu nome real.
Nunca
tive a mínima dúvida, enquanto escrevia estas CARTAS, de que elas emanavam do
Cristo. Descrevi as razões pelas quais me sentia tão segura a respeito disso em
minha curta biografia.
Enquanto
estas CARTAS estavam sendo escritas, foi-me dito claramente para permanecer
anônima, pois as CARTAS DE CRISTO deveriam destacar-se por si próprias. As
pessoas devem decidir por elas mesmas se as Cartas soam como verdadeiras ou se
sentem que são falsas. Apenas escrevi o que recebi e gostaria de tentar
levá-las a público para que sejam minuciosamente examinadas e, seja o que for
que acontecer depois disso, ficará apenas entre o leitor das CARTAS e a
Consciência Crística.
O
Cristo prometeu nas CARTAS que um elo se formaria entre a mente do leitor e a
Mente Crística e que se receberia ajuda no profundo significado oculto por trás
das palavras. Muitas pessoas relataram terem experimentado este contato. Muitas
estão conscientes do fluxo desta nova compreensão.
Por
isso, assim como não tem importância o nome de uma secretária em uma transação
de negócios, o meu nome e a minha identidade também não são importantes. O que
é verdadeiramente importante é se o leitor pode sentir que este é o Cristo
autêntico que ascendeu em consciência espiritual até os portais do Equilíbrio,
enquanto ainda retém a sua individualidade, para permanecer em contato com o mundo
da individualidade.
Em
segundo lugar, tem havido divisões de opinião em relação à formatação por vezes
estranha das CARTAS. Gostaria de explicar que, enquanto Cristo impregnava a
minha mente com suas palavras e imagens, era necessário para mim construir em
palavras o que eu via. Eu também sentia (até certo ponto) as emoções que Cristo
sentiu, quando passou pelos eventos que descrevia. Voltando às vibrações
daquela época, Cristo entrou naqueles tempos e os transmitiu por meio da minha
mente. Não haveria modo de escrever as CARTAS com as letras normais ou usando
apenas o itálico. Frequentemente, quando uma nova e maravilhosa percepção
entrava em minha mente, eu me perguntava: “Como eu posso transmitir isso?” Você
saberá a que me refiro quando ler as CARTAS.
E,
assim, para indicar que alguma poderosa afirmação vinha da mente do Cristo para
a minha, usei letras itálicas, em negrito ou maiúsculas. Algumas pessoas têm se
queixado de que este formato pouco convencional interfere no fluxo da leitura.
Mas este é exatamente o ponto. Estas Cartas não se destinam a serem apenas
lidas. Há que se PONDERAR a respeito delas e isso significa que é preciso parar
nas palavras que seguram o fluxo da leitura e PENSAR a respeito do que elas
estão tentando transmitir. Você deve lembrar, a todo momento, que quando Cristo
tenta alcançar a sua inteligência humana, ele está relatando verdades que vão
muito além da sua própria experiência de vida neste mundo. Você tem que entrar
na dimensão do infinito para tentar entender o que está sendo dito. Então, se
você gastar meia hora ponderando sobre um parágrafo com formatação estranha,
será meia hora bem gasta se, gradualmente, a sua mente for se abrindo para
novas possibilidades que estão além do seu pensamento atual. Enquanto você estiver
expandindo a sua consciência para alcançar a Consciência Crística e pedir por
iluminação, isto seguramente lhe será dado. Não necessariamente naquele
momento, mas talvez, – zapt! – quando menos estiver esperando por isto, a
resposta virá como um raio de luz na sua mente e você SABERÁ que – “SIM, É
ISTO! – ESTA É A RESPOSTA VERDADEIRA”.
INTRODUÇÃO
Ele
diz:
“Eu vim para retificar as interpretações
errôneas que foram feitas a partir dos meus ensinamentos quando eu era
conhecido como ‘JESUS’, na Palestina, há dois mil anos”.
Ele
também diz:
“Em
vista das pessoas se encontrarem no limiar de uma crise mundial de enormes
proporções, é vital para a sobrevivência que Eu, o Cristo, possa alcançar todos
aqueles que queiram escutar. Você pouco sabe a respeito dos verdadeiros
processos da criação nos quais você mesmo tem papel principal. É imperativo que
os entenda suficientemente bem para que seja capaz de tomar parte na
implementação de uma visão mais elevada para toda a humanidade. É impossível
para minha consciência espiritual tomar uma forma humana. Para poder falar
diretamente a você, desprogramei e preparei uma mente receptiva e obediente
para receber minha Verdade e transcrevê-la em palavras. Ela é meu ‘Canal’”.
Canal:
Antes
de ler as Cartas de Cristo, você pode querer saber como se passou este
exercício espiritual de transmissão da consciência. O trabalho de preparação
para que eu pudesse me tornar o “Canal” de Cristo começou há 40 anos quando eu,
como comprometida Cristã, encontrei-me em atrozes dificuldades como fazendeira.
Ao pedir ajuda a Cristo, uma vigorosa e inesperada resposta me levou a
reexaminar e descartar todos os dogmas religiosos. O esclarecimento veio
depois, seguido de uma clara condução para novos caminhos de trabalho e estudo:
montei um negócio que rendeu bons frutos, no qual lidava com pessoas. Durante
sete anos desfrutei do sucesso e de muita felicidade. Para crescer na
compreensão espiritual, logo passei por diversas experiências humanas muito
traumáticas. Após muito sofrimento, e de forma dolorosa, aprendi suas lições e
as transcendi espiritualmente.
Uma
noite, em resposta a uma prece pedindo orientação, a presença de Cristo se
tornou realidade e me deu prova irrefutável de sua identidade. Ele falou comigo
por uma hora, enviando fortes ondas de Amor Cósmico através do meu corpo e me
deu uma breve descrição do ensinamento que iria receber e do que finalmente
realizaria. Duas semanas depois, Ele me conduziu por meio de uma experiência transcendental
de União Consciente com “Deus”. Eu me tornei curadora e o instrumento de
algumas curas instantâneas.
Entre
1966 e 1978, em um importante ponto da minha vida, em resposta aos meus
questionamentos, Cristo instruiu-me nos princípios científico-espirituais,
agora explicados por Ele em suas Cartas. Em 1975, experimentei uma noite de
visões descrevendo eventos desde 1983 até 1994, os quais todos aconteceram de
fato. Eu estava novamente sendo avisada que haveria mais trabalho para fazer no
futuro.
Após
muitas e variadas adversidades, sempre aliviadas pela minha forte conexão com
Cristo e minha profunda compreensão e experiência pessoal da “Primeira Causa”,
fui trazida para meu lar atual. Aqui, nos últimos vinte anos, tenho vivido uma
vida cada vez mais solitária, algumas vezes em um contato claro e próximo com
Cristo e outras vezes afastada para reforçar minha fé e paciência nos períodos
de aridez espiritual. Nos últimos quatro anos, fui conduzida por uma
purificação mental e emocional, atingindo meu objetivo de perfeito estado de
paz e alegria interior.
Cristo
me fez viver um processo gradual, mas muito claro, de refinamento. Quando
perfeitamente vazia do meu eu, maleável e receptiva – a Voz começou a ditar e
as Cartas começaram a tomar forma.
Estas
cartas são inteiramente obra de Cristo. Nada nelas tem origem em outra
literatura, embora, nos últimos anos, certos escritores tenham obviamente
tirado grande parte de suas próprias inspirações da radiação da Verdade da
consciência de Cristo. Todos aqueles que estão em harmonia com sua Consciência
são grandemente abençoados. Eu sou meramente o “Canal” – nada mais.
SUMÁRIO DAS CARTAS
Carta
1. Cristo fala de suas razões para ter retornado e ditar estas Cartas. Diz que
a humanidade atrai as suas próprias desgraças por meio de seus pensamentos e
ações. Explica o porquê da sua verdadeira missão na Terra não ter sido
registrada corretamente. Diz que não existe o “pecado contra Deus” e que a
nossa verdadeira Fonte da Existência não foi compreendida. Ele descreve as seis
semanas que passou no deserto e o que realmente aconteceu – o que Ele aprendeu
e como o conhecimento o transformou de rebelde em um Mestre e Curador.
Carta
2. Continua a história de sua vida na Terra, o retorno com sua mãe para Nazaré
e a recepção que teve! Sua primeira cura em público e a tremenda reação. A
escolha dos discípulos. Seus verdadeiros ensinamentos.
Carta
3. Continuam os incidentes de sua vida, os ensinamentos, a consciência de que
seu tempo na terra seria abreviado pela crucificação. As coisas que ele fez
para provocar a ira dos Líderes Religiosos Judeus. O que realmente aconteceu e
o que foi dito na “Última Ceia”, a atitude dos discípulos, e a verdade em
relação à sua “ascensão”.
Carta
4. Cristo retoma o fio de seus ensinamentos na Palestina e diz que Ele, Maomé,
Buda e todos os outros Mestres continuam a desenvolver-se espiritualmente até
que todos tenham ascendido à CONSCIÊNCIA CRÍSTICA. Cristo fala da verdade a
respeito do relacionamento sexual, dizendo que a atitude entre os homens e as
mulheres vai finalmente mudar. Haverá progresso espiritual e nascerão crianças
com um novo potencial espiritual.
Cartas
5 e 6. Cristo começa a explicar os verdadeiros processos da criação. Ele faz
alusão às crenças da ciência e das doutrinas religiosas, as rejeita e define a
VERDADE DO SER. Menciona a verdade a respeito do ego humano – o meio para a
individualização terrena, e portanto necessário, mas também fonte de todo o
sofrimento.
Carta
7. Cristo explica a verdade a respeito do ato sexual – o que realmente acontece
espiritual e fisicamente. Como as crianças nascem em diferentes níveis de
consciência. Explica o lugar do homem e da mulher na ordem do mundo.
Carta
8. Cristo explica a realidade dos homens e das mulheres, como viver segundo as
LEIS DA EXISTÊNCIA e como entrar em um estado de bem-aventurada harmonia de
ser, no qual todas as coisas são abundantemente providas, a saúde é restaurada
e a alegria se torna um estado natural da mente. Cada indivíduo pode alcançar
esse estado interior de bem-aventurança e a paz se tornará então a norma.
Cristo alinha as conclusões de suas outras Cartas e diz claramente às
pessoas como superar o ego, como ganhar a verdadeira autoestima e experimentar
a alegria da Paz interior. Ele fala do racismo e dá uma mensagem pessoal de
coragem e amor para todos aqueles que foram atraídos por suas Cartas.
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